2.5.08

Ao segundo dia

Olá.
Como estás? (...) Pelo que sei, estás bem. Tens ultrapassado a situação muito bem. Vais sair, vais divertir-te.. boa! Não te condeno; faz-te bem. Só me magoa o facto de eu estar a sofrer tanto e tu.. enfim, cada um sofre à sua maneira. Às vezes consigo ser um pouco dramática, eu sei, mas o que é certo é que não consigo ir p/ festas e jantares e saídas, etc. Não é que me apeteça ficar fechada no meu canto, mas não tenho mesmo vontade nenhuma de me ir divertir e rir. Pelo menos não por agora; dói muito. A pior parte do dia é a noite. Aqui é que as minhas defesas baixam por completo. (Ontem nem consegui dormir sozinha. Fui aninhar-me na cama da minha irmã.) Durante o dia estou ocupada com o teatro e outras coisas. Se bem que essas outras coisas é diferente. Penso que só mesmo no teatro é que consigo abstrair-me. As outras coisas ainda não têm essa capacidade. lol. Bem, levantar-me também é uma questão difícil. Eu sei que sou perguiçosa (se fosse um animal gostava de ser uma perguiça [se possível igual à da "Idade do Gelo"]) mas agora é diferente. Não só não tenho vontade de me levantar como também tenho vontade (que estrutura frásica espectacular!) de sonhar acordada contigo. Os ditos filmes que tu tão bem me influenciaste a largar. (...) Então entro numa luta de vontades gigantesca. O resultado é que acabo por sair da cama tão tarde que faltei a mil compromissos, perdi o dia e no final não ganhei nada a não ser uns olhos inchados numa cara triste. Felizmente existe o teatro que me levanta da cama e me faz sentir bem por algumas horas. Deduzo que o facto de adormecer e acordar sem ti, contribui para as insónias e a inércia matinal. (...) Não faz sentido não te ter nos meus braços.

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