6.5.08

Não vale a pena

Ficou difícil tudo aquilo, nada disso
Sobrou o meu velho vício de sonhar
Pular de precipicio em precipicio
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível e depois enxergar
Que é uma pena mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema de tão pequeno
Mas vai e vem e envenena e me condena o rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido dos amantes mal-amados, dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida
E é pra não ter recaída que não me deixo esquecer
Que é uma pena mas você não vale pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de uma poema de tão pequeno
Mas vai e vem e envenena e me condena o rancor
De repente, cai o nível
E me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido dos amantes mal-amados, dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida
E é pra não ter recaída que não me deixo esquecer
Que é uma pena mas você não vale a pena

--
Maria Rita

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